quinta-feira, 27 de março de 2008

Pérolas do tio Lula

Chateado com a crise no EUA, tio Lula profere a doce frase ao Sr. Bush:

"Bush, meu filho, resolve tua crise"

Qual será a próxima pérola???

- Tio, libera o gás! (ao Evo Morales)

-Mocinha, dá um jeito nesse problema das panelas aí...quero dizer....do panelaço ( à Cristina Kirchner)

-Chávez é o pacificador! (depois de ver o filme c/ o Clooney).....ei....ele já disse isso


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O melhor do discurso foi, na verdade, ele dizendo que se o Bush quisesse o Brasil dava aula de como sair da crise. Com todo respeito (tentando manter algum), os EUA devem estar em uma merda braba para receber conselho ou oferta de ajuda do Brasil, né não?

domingo, 16 de março de 2008

Pulp Fiction e o Kitsch

“Pulp : 1- A soft, moist, shapeless mass of matter

2-A magazine or book containing lurid subject matter and being characteristically printed on rough, unfinished paper.”
(revista ou livro sensacionalista, que é geralmente publicado e impresso em material de segunda classe)

American Heritage Dictionary
New College Edition

Populares durante as décadas de 1920 e 1950, as pulp fictions eram o melhor exemplo do que é kitsch. Publicações voltadas para as massas, as quais antes mesmo de abertas já se podia inferir que tipo de reação obter, e, apesar de tentar ser literatura de qualidade (alguns autores de renome escreveram alguns desses livros), tudo que se consegue é emoção barata (literalmente barata, em sua maioria custavam alguns cents). Seu conteúdo continha, em sua grande maioria, histórias de ficção beirando o absurdo (e o ridículo). Algumas como “Attack of the 50ft. woman”, são dificilmente levadas a sério devido tanto ao nome quanto à história em si ( para a desgraça do autor, que provavelmente não pretendia causar graça, e sim medo).

O filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, revisita o exagero dessas publicações homônimas. Ao longo do filme, ocorrem várias citações ao estilo. Na cena em que Vincent (John Travolta) e Mia (Uma Thurman) têm seu ‘encontro’ em um restaurante estilo anos 50, fica evidente a alusão. Pôsteres de alguns desses livros e de filmes com estilo semelhante, além de garçons trajados como personagens dessas revistas (Zorro, por exemplo). No pôster de divulgação do filme também há uma clara alusão ao estilo das capas das pulp fictions, desde a diagramação até o efeito ‘desgastado’ (além do detalhe dos 10 cents).

O filme recicla vários elementos kitsch. Quando Vincent e Jules (Samuel L. Jackson) atiram em um jovem que havia roubado a mala de seu patrão (Marsellus Wallace), luzes espocam durante o tiroteio. Esse efeito é proposital, Tarantino queria realmente passar a imagem de exagero com o intuito de fazer com que as cenas violentas parecessem menos violentas. Desde a misteriosa luz dentro da mala, à própria trilha sonora que contém músicas que, fora do filme, seriam consideradas de intenso mau-gosto. A decoração da casa do traficante de drogas com sapatos plataformas coloridos nas estantes entre outros vários cenários extremamente extravagantes e caricatas, enfatizam o caráter kitsch desta produção.

Mas o trunfo do filme está na capacidade de transformas todos esses elementos em características cool. Tudo o que é ruim no filme se torna bom porque tanto o diretor como o espectador (se tomarmos como referência alguém com o mínimo de conhecimento crítico) tem uma visão camp a respeito desse desfile de mau-gosto. Além do que a edição torna crível todos os aparentes absurdos. Até a piada proferida por Mia torna-se engraçada dentro do contexto, apesar de que se fosse contada por qualquer outra pessoa em uma ocasião diferente da dela, certamente seria considerada sem-graça.

A cena de dança entre Mia e Vincent, tal como ocorre em “Rocky Horror Picture Show” com a dança Time Warp, se tornou antológica apesar de ser ridícula quando é imitada fora do filme. O efeito cool é causado pelo fato de não ser visto como ridículo, mas como vintage. Fora da época em que foi criada, acaba ganhando um novo significado. Nos anos 50, seria ‘normal’, nos anos 60 ‘brega’ e atualmente, tal dança é resgatada como arte.

O filme pode ser considerado como Kitsch devido a essa alteração na emoção pretendida superficialmente. Cenas como a que a arma acidentalmente dispara na cabeça de um dos ocupantes do carro dirigido por Jules, por exemplo, causaria intensa repulsa se o filme pretendesse ser um mero filme de ação, porém, os espectadores costumam rir de tal cena. Pode-se arriscar a dizer que o tom caricato do filme causa uma suspensão da descrença – se é permitido o trocadilho-. O que era para ser sério torna-se jocoso. Por se tratar de uma sátira aos filmes B e revistas consideradas trash, essa era intenção do diretor.

Tudo que era para ser, apenas, de mau-gosto, causa uma reação bem diferente, seja ela graça ou surpresa. Mas caso fossem apresentados através de outra montagem e com outros intuitos, ou até mesmo em outra época, talvez não fosse capaz de causar tais reações.
Pode se dizer, também, que Pulp Fiction é uma sátira ao Kitsch, depende apenas de quem é o espectador. A cena em que Jules cita um trecho da Bíblia* é um exemplo de como o olhar do espectador influi na definição do que seria Kitsch ou não. Essa passagem não existe realmente na Bíblia, é uma completa deturpação de versículo existente. O vocabulário, apesar de refinado, não faz sentido algum (apesar do personagem extrair vários significados a partir desse trecho). Na primeira vez que o suposto versículo bíblico é proferido, a princípio a impressão é de se tratar de algo mais sério, um momentâneo rompimento do tom satírico do filme, mas a decorrente ausência de sentido deixa claro que não o é. Mas fica a incógnita se Tarantino o fez propositalmente ou se ele realmente intencionava que fosse usado um trecho da Bíblia. No primeiro caso, esse trecho seria apenas um elemento Kitsch dentro do filme (exceto para aqueles que realmente acreditaram que se tratava de algo sério). No segundo caso, o filme inteiro passaria a ser Kitsch, pois se o diretor pretendia ser sério – o que é bastante improvável-, não foi o que conseguiu.



* “Ezequiel 25:17 :

O caminho do homem justo está bloqueado por todos os lados pelas iniqüidades dos egoístas e a tirania dos perversos. Bendito é aquele que, em nome da caridade e da boa vontade, é pastor dos humildes pelo vale das sombras. Pois ele é o verdadeiro guardião de seus irmãos e o salvador dos filhos perdidos. Exercerei sobre eles vingança terrível e furiosos castigos aos que tentarem destruir meus irmãos. E ficarão sabendo que eu sou o Senhor quando Eu executar sobre eles a minha vingança.”

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Esse texto é a parte que me coube de um trabalho em conjunto com srtas. Brunaaaaaaaaa, Leitinho, NatyJoy e o moço Pedro (não arrumamos nenhum apelido tosco para ele).

terça-feira, 11 de março de 2008

Mas hein (2) !!!!

Repare como a TAM é uma empresa preocupada com todos os cidadãos. Até mesmo, os que sofrem de deficiência auditiva:



O mais interessante é quando se resolve ligar para o número. O atendente é mudo!!!!

Não é brincadeira!!!! Ligue para o número fornecido!!!!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Mas hein?!

Passeando pelo Globo.com me deparo com a seguinte chamada:




É lógico que em um primeiro momento me assustei com a notícia. Qual vocês acham que seria a reação mais apropriada a essa notícia:

  • "Só falta acabar com o blush e o pancake também. Aí não saio de casa"
  • "O que diabos essa notícia tem a ver com esporte???"(para quem não acessa o site: em verde são as notícias de esporte)
  • "Isso é apenas uma forma ridícula de chamar a atenção de uma notícia boba"
  • "Tanto ladrão solto e eles se preocupam com pó-de-arroz???"
  • "Pobre Fluminense!!!"

obs: para os curiosos, eu conto depois o que havia no texto.