terça-feira, 22 de abril de 2008

Trash TV

Quem nunca teve um momento de preguiça em frente à TV vendo porcaria, que atire a primeira pedra!!! Hoje, o tema será a boa e a péssima 'Trash TV'. Para quem já leu o texto sobre Kitsch pode perceber que há uma graaaaaaaaande diferença entre algo que é bom de tão ruim e o que é simplesmente ruim quando a intenção era ser bom.

Vamos ao primeiro caso. Um lutador de sumo e um orangotango...é o programa mais non-sense possível. Trata-se de um cabo-de-guerra em que um dos dois participantes irá cair de cara na lama. Tradução: uma idéia estúpida levada à telinha. Certamente, a intenção do criador deste programa não era produzir algo de qualidade. A não ser que quisessem, justamente, que o espectador começasse a se rebelar contra um sistema que aliena a sociedade através de uma programação acéfala baseada no prazer instantâneo. Right!

Por outro lado, existem aquelas 'mentes brilhantes' que querem levar cultura erudita às massas. Exemplo: por que não unir hinos de futebol (massa) com a Orquestra Sinfônica Brasileira (supostamente erudita)? Aliás, acho que a OSB deve estar sem ter o que fazer porque....isso não é sério? Uma pena que ainda não tenha reunido a nona sinfonia de Beethoven com "Ei Galvão vai tomar no Cú". Seria......LÍRICO!

É estranho que no segundo caso, apesar de ninguém realmente aprovar, valoriza a tentativa acreditando que realmente querem lhes educar. Sabem que atrapalha e que não tem nada a ver com o jogo em si. No entanto, como poucas vezes tem acesso ao que seria cultura da “elite”, acabam achando que é uma idéia maravilhosa e que ainda bem que mostraram algo além de mulheres-melancias e danças do quadrado (aliás, em que mundo terrível nós vivemos).

Entretanto, acabam por esquecer – e aceitar mais facilmente – que na realidade continuam apenas absorvendo a mesma Trash TV. Os mesmos programas de auditório, os mesmos intermináveis jogos de futebol, as mesmas fofocas de pseudo-celebridades, as mesmas cenas apelativas nas novelas com as mesmas histórias. Enquanto isso, entupimos nossa memória com as informações inúteis e deletamos as que não deveríamos de forma alguma esquecer.

A atual, e horrenda, história da Isabella poderia ilustrar o que digo. Por enquanto há uma enorme comoção. Pessoas prometendo linchar os criminosos. Porém, quanto tempo levará até que esqueçam o que aconteceu? Prova cabal é que Paula Thomaz e Guilherme de Pádua estão soltos e ninguém apedrejou ou os xingou nos jornais. O menino que havia sido arrastado por um carro, preso ao cinto...alguém lembra seu nome? Os assassinos do índio Galdino estão trabalhando. Os que afogaram um estudante de medicina da USP se formaram. Collor eleito em Alagoas.

Mas o brasileiro não é um povo sem memória...só tem memória seletiva. Lembra perfeitamente de todos os vencedores de BBBs e todos os resultados dos mais variados campeonatos sabendo inclusive se o gol foi de pênalti, de bicicleta, pulando num pé só... No entanto, reclama que na televisão falta qualidade e culpa a programação pelos seus esquecimentos.



É...não é a toa que o orangotango vence no final.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Queen Nipônico

Esse vídeo achado no charges.com.br é, talvez, a versão mais criativa de Bohemian Rhapsody do Queen.

Comecemos descrevendo o vocalista:

O cantor com trajes iguais aos de Freddie Mercury deve possuir um caso bizarro de herpes (dê uma olhada no lábio superior). Tentei, durante o vídeo inteiro, desviar o olhar, mas era díficil. Aquela verruga, espinha, deformidade ou what ever olhava para a câmera non-stop.

No final do vídeo ele faz uma alusão às bonecas infláveis ou ao sapo Caco (muppets). B-I-Z-A-R-R-O!

Entretanto, os aplausos vão para os companheiros de cena. Os bonecos que tocam muiiiiito bem. Imaginem as horas de treino para mexer os dedos em perfeita sincronia com a música?

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Caso alguém entenda japonês, por favor, envia uma tradução...